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António Queiróz Pinto vence o Troféu Portugal 2025 com prato tradicional de Baião

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O chefe da Taberna Lura conquistou o júri com o “Bazulaque, Anho e Arroz do Forno”, uma homenagem à gastronomia do Douro e à tradição familiar.

O chefe António Queiróz Pinto, representante da região Porto e Norte, é o grande vencedor da 5.ª edição do Troféu Portugal, o concurso nacional de cozinha que celebra a gastronomia portuguesa e valoriza os produtos e tradições regionais.

Na final, realizada no âmbito do Festival Nacional de Gastronomia de Santarém, o chefe da Taberna Lura defrontou a chefe Natalie Castro, representante da região da Grande Lisboa, vencendo com o prato “Bazulaque, Anho e Arroz do Forno” — uma receita emblemática de Baião, confecionada com cordeiro e as suas miudezas.

“É um orgulho imenso ganhar este prémio e representar a minha região. Este é um prato ex-libris da nossa terra, que defendo com unhas e dentes. Foi no restaurante dos meus pais, na Pensão Borges, que aprendi a confecioná-lo. A eles, deixo o meu profundo agradecimento por me ensinarem a valorizar as nossas tradições. Vencer este prémio é a confirmação de que o trabalho que fazemos todos os dias vale a pena”, afirmou o vencedor.


Um percurso de paixão e autenticidade

Natural de Baião, António Queiróz Pinto cresceu entre a cozinha e a sala da histórica Pensão Borges, propriedade da família. Estagiou na Casa da Calçada, em Amarante, e no Dos Cielos, em Barcelona. Regressou a Portugal em 2014 para liderar o restaurante da Fundação Eça de Queiroz, em Tormes, e em 2024 abriu o seu primeiro projeto a solo — a Taberna Lura, em Baião.

O Troféu Portugal destaca anualmente os profissionais que mais contribuem para a valorização da culinária tradicional portuguesa. Entre os vencedores das edições anteriores encontram-se nomes como Rui Martins, Rodrigo Castelo, Duarte Eira e Filipe Ramalho, hoje referências incontornáveis da cozinha nacional.


Competição e excelência gastronómica

Ao longo de quatro dias, os finalistas — António Queiróz Pinto (Porto e Norte), Inês Beja (Centro), Joana Candeias (Ribatejo), Natalie Castro (Grande Lisboa), João Viegas (Algarve), Ivan Fontes (Madeira) e Érico Amaral (Açores) — competiram em várias provas práticas.

O desafio era claro: criar um prato que representasse o território de origem, evidenciando produtos locais e técnicas regionais.

Os critérios de avaliação incluíram apresentação e empratamento, sabor e aroma, pontos de cozedura, harmonia de ingredientes e execução comercial, entre outros aspetos técnicos.

O júri foi presidido pelo chefe Rui Martins (Restaurante Grémio, Felgueiras) e integrou Tânia Durão, Olga Cavaleiro, Luís Gaspar, Duarte Eira, Manuela Brandão, Rodrigo Castelo, Hélder Diogo e Filipe Ramalho, com Luís Gaspar a assumir o cargo de diretor técnico.


Gastronomia como cultura e identidade

O Troféu Portugal 2025 é organizado pelo Município de Santarém, pela Feira Nacional de Gastronomia, pela ACES — Associação Comercial, Empresarial e Serviços, e pelas Edições do Gosto.

O evento conta com o patrocínio do Arroz Bom Sucesso e da Vivid Farms, e com o apoio da ICEL, Gresilva, SARA HACCP e Prochef.

Durante o festival, foi também entregue o Prémio Armando Fernandes ao chefe Nuno Diniz, no âmbito dos Prémios Nacionais da Gastronomia, que reconhecem personalidades e instituições com contributo relevante para a valorização da cultura gastronómica portuguesa.

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