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Pierre Louis Costes e Filipa Broeiro campeões em Sintra
com Miguel Ferreira e Luana Dourado como “vices”
Pierre Louis Costes e Filipa Broeiro sagraram-se, hoje, campeões do Sintra Bodyboard Fest, cumprindo mais um capítulo histórico dos 29 anos de Sintra Pro com mais três portugueses na final e um vencedor que, embora francês, está umbilicalmente ligado a este evento e a Portugal.
Assim, Pierre Louis Costes, duas vezes campeão mundial, conquistou o seu quinto título do Sintra, terceiro consecutivo, tornando-se recordista de troféus da prova, batendo o brasileiro Uri Valadão. Um triunfo que se começou a desenhar, hoje, nas meias-finais, frente ao seu rival na corrida ao título mundial, o espanhol Armide Soliveres.
Na outra meia-final, o português Miguel Ferreira bateu o marroquino Badr Eddine Chajari e tornou-se o primeiro bodyboarder nacional a atingir uma final do Sintra desde 2008, quando Rui Ferreira perdeu frente ao australiano Jason Hazle.
Na competição feminina, mais um pouco de História, com Luana Dourado e Filipa Broeiro a protagonizarem uma final totalmente portuguesa, emulando a final de 2009, quando Catarina Sousa levou de vencida Rita Pires.
Com este triunfo, Filipa torna-se a terceira portuguesa a vencer em Sintra, juntando-se a Catarina Sousa (2009) e Joana Schenker (2017). Recorde-se que Filipa já tinha sido finalista vencida em 2021, frente à brasileira Isabela Sousa.
Pierre Louis Costes celebrou um triunfo numa prova em que, assume, se sente “em casa”:
“O Sintra Pro foi o primeiro campeonato do circuito mundial em que participei, aos 14 anos. Nos dois anos seguintes, o Uri Valadão ganhou consecutivamente, pelo que ele já tinha dois títulos numa altura em que eu não passava um heat, por isso, hoje, ultrapassar o Uri era algo que não estava à espera. Depois, considero este o campeonato mais difícil do calendário mundial porque o mar aqui está constantemente a mudar e nunca se sabe o que esperar. Mas desde que mudei para Portugal, e só comecei a ganhar aqui quando me mudei para Portugal, considero que este campeonato me ajudou a evoluir o meu surf porque me ajudou a estar preparado para todas as condições de mar. Para mim, ganhar em Sintra é ganhar em casa. E o troféu fica em Portugal. Este troféu é para França, mas também para Portugal.”
Por sua vez, Miguel Ferreira mostrou-se satisfeito com o resultado que ultrapassou as suas expectativas iniciais:
“Sinto-me muito bem. Senti-me mais nervoso nas rondas iniciais e hoje, um pouco, na meia-final. Mas na final estava muito tranquilo. Sabia que ia surfar e ele também e depois veríamos o que acontecia. Fomos lá para dentro e as ondas, a dada altura, começaram a desaparecer e não tive mais oportunidades, mas estou muito satisfeito com a minha participação. A primeira vez que aqui competi foi em 2012, quando o Pierre venceu aqui pela primeira vez e sempre imaginei a sensação de ganhar aqui. Não aconteceu, mas, para mim, foi quase tão bom.”
A campeã da prova feminina, Filipa Broeiro, não escondeu a emoção de vencer em Sintra:
“É surreal vencer aqui. Fui para a água com cabeça erguida, pensando sempre em não desistir e esperar pela onda certa. Ela chegou e consegui decidir bem e agora estou muito feliz. Sei o que valho, trabalhei muito para isto e sempre pensei em ganhar, mas, desta vez, depois de muito trabalho duro, consegui e sinto que foi merecido.”
Por sua vez, a campeã nacional de apenas 16 anos, Luana Dourado, encarou com naturalidade a derrota, sublinhando a enorme satisfação de chegar à final:
“Estou muito feliz com esta final. Ter surfado desde a primeira ronda e ter chegado aqui depois de eliminar a Neymara Carvalho [brasileira 5 vezes campeã mundial] nas meias-finais e competir com algumas das atletas que mais admiro, enche-me de orgulho. E agora espero, um dia, conseguir vencer.”
Resultados finais:
Open masculino
1º Pierre Louis Costes (Fra)
2º Miguel Ferreira (Por)
3º Armide Soliveres (Esp)
4º Badr Eddine Chajari (Mar)
Open feminino
1ª Filipa Broeiro (Por)
2ª Luana Dourado (Por)
3ª Neymara Carvalho (Bra)
4ª Sara Abiko (Jap)
