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Estudo do Observador Cetelem revela dúvidas sobre eficácia das campanhas de cibersegurança
Num contexto de ameaças digitais em constante evolução, o Observador Cetelem Digital e Cibersegurança 2025 revela que um em cada quatro portugueses já foi vítima de fraude digital. Embora exista uma crescente consciencialização sobre o tema, as práticas de prevenção continuam a ser inconsistentes: apenas 37% afirma tomar sempre precauções para proteger os seus dados pessoais, enquanto 52% o faz frequentemente, recorrendo a senhas fortes, software antivírus e evitando ligações suspeitas.
Portugueses mais cautelosos, mas nem sempre protegidos
A maioria dos inquiridos revela prudência na gestão de conteúdos suspeitos — 87% apaga mensagens ou emails de origem desconhecida — e 89% já tomou medidas para proteger a sua identidade online.
Contudo, apenas 54% verifica os alertas de malware ou phishing antes de agir, o que demonstra que muitos continuam vulneráveis a ataques digitais sofisticados.
Falta de confiança nas campanhas de sensibilização
Apesar da crescente atenção ao tema, 64% dos portugueses duvida da eficácia das campanhas de sensibilização em cibersegurança. Este resultado indica uma necessidade de reforçar a confiança pública nas mensagens de prevenção e na comunicação sobre riscos digitais.
“As ameaças evoluem mais depressa do que a perceção dos utilizadores. A cibersegurança exige formação contínua e políticas mais eficazes de comunicação”, destaca o relatório.
Confiança e risco no uso das plataformas digitais
A relação dos portugueses com o mundo online é ambivalente: há confiança moderada, mas também medo de fraude.
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52% considera elevado o risco de roubo de identidade ou fraude em compras e serviços digitais. 
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72% sente-se, no entanto, seguro em transações financeiras ou partilha de dados pessoais, procurando equilibrar conveniência e segurança. 
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44% manteve o uso regular de serviços digitais, enquanto 42% reduziu a frequência de utilização por receio de fraude ou perda de dados. 
Segurança digital nas entidades financeiras
O nível de confiança nas instituições financeiras divide opiniões: o grau de confiança é equivalente ao de desconfiança, refletindo prudência, mas também incerteza quanto à robustez dos sistemas digitais.
Para 71% dos inquiridos, a perceção de segurança é determinante na escolha de produtos financeiros online, embora apenas 40% se sintam totalmente confortáveis a utilizá-los.
Metodologia
O estudo baseia-se em 1000 entrevistas online a indivíduos entre 18 e 74 anos, residentes em Portugal Continental. A amostra é representativa da população, com margem de erro de ±3,1% para um nível de confiança de 95%.
As entrevistas foram conduzidas por questionário estruturado, com duração média de 13 minutos, abrangendo as regiões de Lisboa, Porto, Norte, Centro e Sul.

 
		
 
											 
											