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Mais de um terço dos portugueses poupa todos os meses — mas mulheres continuam a poupar menos

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Estudo da Klarna revela que 36,6% dos portugueses consegue poupar todos os meses, mas a diferença entre géneros mantém-se acentuada.

Quase quatro em cada dez portugueses (36,6%) afirma conseguir poupar todos os meses, mas a consistência deste hábito é maior entre os homens (42,2%) do que entre as mulheres (31,6%), segundo um inquérito nacional divulgado pela Klarna, banco digital global e fornecedor de pagamentos flexíveis.

O estudo, publicado no mês em que se celebra o Dia Mundial da Poupança (31 de outubro), mostra que apenas 7,3% dos inquiridos admite nunca conseguir poupar. Já 26,2% das mulheres afirmam fazê-lo apenas raramente, face a 18,8% dos homens, revelando um desequilíbrio persistente entre os géneros.

A maioria dos portugueses poupa entre 101€ e 250€ por mês (31,1%), enquanto apenas 4,1% consegue poupar acima dos 1000€ mensais. As mulheres concentram-se nas faixas mais baixas — 10,7% poupam até 50€ e 19,6% entre 51€ e 100€ —, o que poderá refletir a diferença salarial entre géneros ainda presente em Portugal.

“É evidente que há uma crescente preocupação com o futuro financeiro e uma abertura a novas soluções digitais. Na Klarna, queremos ajudar as pessoas a gerirem melhor o seu dinheiro e a alcançarem maior estabilidade financeira, de forma prática e transparente”, explica Karoline Bliemmeger, especialista em finanças da Klarna.


Fundo de emergência é o principal objetivo

O fundo de emergência continua a ser a principal motivação para poupar (44,9%), seguido da reforma (18,4%) e da compra de casa (15,5%).
As diferenças geracionais são evidentes: os mais jovens (18-24 anos) poupam sobretudo para viagens e lazer (29%), enquanto os inquiridos entre os 55 e 65 anos poupam para garantir maior segurança na reforma (29%).

As mulheres tendem a priorizar objetivos imediatos e familiares — como educação ou segurança financeira —, ao passo que os homens demonstram maior foco em investimento e planeamento a longo prazo.


Entre cofres e neobancos: duas formas de poupar

Apesar da digitalização crescente, 16% dos portugueses ainda guarda dinheiro em cofres ou em casa, prática mais comum entre os mais jovens (24%). Já 43,1% poupa através de contas-poupança ou depósitos a prazo, enquanto 17,4% opta por investir em fundos, ações ou obrigações — opção quase três vezes mais frequente entre homens (25,8%) do que mulheres (9,6%).

Os neobancos estão a ganhar espaço: 42% dos inquiridos veem-nos como uma alternativa útil à poupança tradicional, embora 31% dos portugueses entre 55 e 65 anos nunca tenham usado este tipo de serviços.

“A tecnologia veio democratizar o acesso à poupança. Hoje, qualquer pessoa pode definir objetivos, acompanhar o progresso e automatizar pequenas poupanças a partir do telemóvel”, acrescenta Karoline Bliemmeger, sublinhando o papel da Klarna como exemplo de banca digital acessível e rentável.

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