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Vacinas, o novo pilar na proteção do coração

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As vacinas estão a emergir como uma das ferramentas mais eficazes na prevenção de doenças cardiovasculares. Uma recente declaração de consenso clínico da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) reforça esta conclusão. Sublinha que a vacinação regular pode reduzir o risco de enfarte, arritmias e insuficiência cardíaca. Isso é especialmente em pessoas com histórico cardíaco ou idade avançada.


Infeções respiratórias: um gatilho para o coração

Estudos recentes confirmam que as infeções respiratórias virais podem desencadear uma sequência de eventos fatais. Atuam como verdadeiros “gatilhos cardiovasculares”. Durante uma infeção, o corpo entra num estado inflamatório que pode provocar rutura de placas arteriais. Isso origina enfartes agudos do miocárdio, arritmias ou insuficiência cardíaca súbita.

Ao proteger contra estas infeções, as vacinas funcionam como uma barreira indireta, reduzindo drasticamente o número de episódios cardíacos graves.


Vacinação: o quarto pilar da prevenção cardiovascular

A Sociedade Europeia de Cardiologia recomenda que a vacinação seja integrada nos programas clínicos de prevenção. É sugerido estar ao lado da alimentação saudável, exercício físico e terapêutica farmacológica.
As vacinas contra a gripe, COVID-19, vírus sincicial respiratório (VSR) e herpes zóster revelam benefícios adicionais para o coração. Além disso, oferecem a proteção primária contra as infeções.

De acordo com o professor Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, “a vacinação representa uma medida essencial de saúde pública. É capaz de salvar milhares de vidas todos os anos”.


Vírus sincicial respiratório: uma ameaça silenciosa

O VSR, historicamente associado a infeções infantis, está hoje identificado como um risco sério para adultos com mais de 60 anos. Especialmente em adultos com doenças cardíacas pré-existentes.
Dados clínicos indicam que 20 % dos doentes cardíacos infetados sofrem eventos cardiovasculares durante o episódio agudo.

A boa notícia é a existência de uma vacina com 89 % de eficácia na prevenção de infeções pulmonares. Esta vacina pode também reduzir o número de complicações cardíacas subsequentes.


A lição da pandemia: vacinar salva corações

A experiência da COVID-19 demonstrou que as vacinas não apenas controlam surtos virais, como diminuem hospitalizações e mortalidade cardiovascular.
As reações adversas graves são extremamente raras, e a segurança foi comprovada em milhões de doses administradas.

Esta evidência científica reforça o apelo internacional para que a vacinação seja reconhecida como um dos pilares centrais da medicina preventiva moderna.

Esperança e resiliência são as palavras de ordem: usar a ciência e as vacinas para proteger o coração e prolongar vidas com qualidade”, conclui o professor Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

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