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Portugal de Lés a lés pedagógico e divertido

Portugal de Lés a Lés pedagógico e divertido

Tempo de leitura estimado: 3 minutos

Se, no papel, prometia ser um dos dias mais intensos de que há memória no Portugal de Lés-a-Lés, na prática, a primeira etapa da edição de 2025, foi um autêntico caleidoscópio de emoções fortes.

No papel, isto é, nas 23 páginas do pedagógico e divertido ‘road-book’, as notas a seguir para cumprir os 426 quilómetros entre Penafiel e Alcobaça deixavam antever as exigências próprias de 12 horas e 10 minutos de condução.

Mas não prepararam ninguém para o enorme banquete mototurístico proporcionado na travessia de cinco distritos (Porto, Viseu, Aveiro, Coimbra e Leiria), oito serras (Montemuro, Freita, Arada, Caramulo, Buçaco, Soure, Aire e Candeeiros) e mais de uma dezena de rios (Tâmega, Douro, Bestança, Paiva, Alfusqueiro, Mondego, Ceira, Anços, Arunca, Liz e Alcoa) numa peregrinação de inabalável fé motociclística. Jornada de sucessivas surpresas com final apoteótico mesmo em frente ao Mosteiro de Alcobaça, num dos mais espetaculares panos de fundo do palanque de chegada.

Um banquete de entradinhas e petiscos, como que a abrir o apetite para regressar mais tarde, com tempo para degustar todo o requintado menu turístico que este cantinho à beira-mar plantado tem para oferecer. Porque essa é também uma das funções do evento organizado pela Federação de Motociclismo de Portugal. Dar a conhecer pontos de interesse e despertar a curiosidade para uma descoberta mais aprimorada do património paisagístico, histórico, arquitetónico, cultural e gastronómico.

Mas, para isso, era necessário ter os olhos bem abertos e alma desperta e nada como um forte café do pote, servido pouco depois da madrugadora partida de Penafiel, pelas senhoras do Grupo de Cantares da Casa do Povo de Abragão mesmo junto à Igreja Românica.

Mas voltemos um pouco atrás que a viagem teve muitos quilómetros e ainda mais motivos de interesse, num dia em que foi enorme o rácio de curvas por quilómetro percorrido. Que seria bem maior não fossem as enormes retas para ir molhar os pés à praia de Vieira de Leiria. Falemos de novo dos petiscos que, tal como o pequeno mas muito curioso Museu das Trilobites, deixaram água na boca para um regresso com mais tempo, noutra ocasião, que essa é uma das magias do Portugal de Lés-a-Lés. Desvendar segredos para apreciar mais tarde, como aquelas que são apontadas como as maiores trilobites do Mundo, fósseis de animais que viviam no fundo dos oceanos há cerca de 500 milhões de anos, quando estas terras estavam perto do Pólo Sul.

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