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A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é uma patologia respiratória frequente, progressiva e ainda amplamente subdiagnosticada. Caracteriza-se pelo estreitamento das vias aéreas e destruição gradual do tecido pulmonar, dificultando a respiração e comprometendo a qualidade de vida. Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas vivam com DPOC, representando 14,2 por cento da população com 40 ou mais anos.
Apesar da dimensão do problema, muitos sintomas continuam a ser desvalorizados ou confundidos com efeitos “normais” do tabagismo ou do envelhecimento. Tosse persistente, expetoração frequente, falta de ar ao subir escadas, fadiga ou pieira são sinais que podem apontar para DPOC e que exigem avaliação médica. A doença é a quinta principal causa de morte em Portugal e a terceira no mundo, reforçando a importância do diagnóstico precoce.
Embora o tabagismo seja o principal fator de risco – mais de 65 por cento dos fumadores desenvolvem sintomas – a DPOC não afeta apenas fumadores. A exposição prolongada a poeiras, produtos químicos, poluição atmosférica ou fumo de lenha e carvão em ambientes fechados, bem como fatores genéticos, podem contribuir para o seu desenvolvimento.
A DPOC não tem cura, uma vez que as lesões pulmonares são irreversíveis. No entanto, o tratamento adequado permite atrasar a progressão da doença, reduzir crises e melhorar a qualidade de vida. Dependendo da gravidade, a terapêutica inclui inaladores com broncodilatadores e, em alguns casos, corticoides. Os erros na técnica de inalação são frequentes: os estudos indicam que entre 48,2 e 97,7 por cento dos doentes executam incorretamente pelo menos um passo, comprometendo a eficácia do tratamento.
As Farmácias Holon disponibilizam acompanhamento especializado para corrigir técnicas de inalação, apoiar na cessação tabágica através de planos personalizados e promover a vacinação sazonal contra gripe e Covid-19, medidas fundamentais para prevenir complicações respiratórias. O acompanhamento farmacêutico contribui para um controlo mais eficaz da doença e para a melhoria da rotina diária dos doentes.
Num contexto em que cerca de 70 por cento dos portugueses desconhecem em que consiste a DPOC, reforçar a literacia em saúde, reconhecer sinais de alarme e procurar ajuda atempada são passos essenciais para reduzir o impacto da doença e promover uma vida mais saudável.
Jéssica Silva
Farmacêutica | Intervenção farmacêutica Farmácias Holon

